quinta-feira, 18 de junho de 2015

KWORO KANGO (letra e vídeo) canto dos índios KAYAPÓ, vídeo MOACIR SILVEIRA... Para acessar os demais videos desse canal clique acima em MOACIR SILVEIRA e depois em VÍDEOS para ver a relação completa das músicas. Marlui Miranda desbrava sons de 11 tribos. A cantora cearence realiza em CD e livro o primeiro mapeamento da música de índios brasileiros. "Pela primeira vez, a arte sonora do índio pode ser executada quase que literalmente por músicos urbanos ocidentais", afirma ela. As gravações aconteceram de novembro de 1993 a março de 1995 em São Paulo, Belo Horizonte e Oslo (Noruega), tendo as vozes dos índios sido previamente colhidas por ela em demorado trabalho de pesquisa. Todas as músicas foram transcritas em partitura segundo a anotação clássica. A seleção das músicas se deu preferencialmente por canções delicadas, melodias tristes, ritmos festivos e épicos. "Se eu começasse por sons mais radicais, não surtiria efeito", acrescenta a pesquisadora. A escolha contou com a ajuda de índios e antropólogos, "mas a relação que me regeu foi amorosa. Meu trabalho é mais de interpretação do que catalogação", informa. Marlui ainda não conseguiu traduzir "kworo kango", pois segundo ela nem a tribo sabe o real significado da letra. Os Caiapós assimilam as cantigas de seus inimigos cativos e enxertam aos seus próprios cantos rituais. Segundo ela os Caiapós aprenderam este canto de uma tribo rival vizinha, a dos Jurunas e este já não o entoam mais. A dificuldade dos nativos foi menor na decifração do material sonoro bruto. Porém Marlui teve que treinar durante três meses com o CoralUSP para cantar com a garganta, à maneira dos índios. "Kworo Kango é uma canção propiciatória dos Kayapó Mekrâgnoti que a dançam e cantam por quase um dia inteiro como rito de fertilização do solo para o plantio da semente da mandioca. O canto é entoado por homens e mulheres, marcado por passos de danças e de instrumentos musicais típicos. Esta canção faz parte do álbum "Todos Os Sons", lançado pela cantora. E para quem não a conhece ela é natural de Fortaleza, Ceará, onde nasceu no dia 12 de outubro de 1949. Compositora, cantora e pesquisadora da cultura indígena brasileira, é também graduada em Arquitetura pela UnB (Universidade de Brasília) e em Regência na Faculdade Santa Marcelina, ambas em Brasília, DF, para onde mudou-se em 1959. Frequentou o curso de música no Conservatório Villa-Lobos, do Rio de Janeiro e a partir de 1974 trabalhou em pesquisa sobre as tradições musicais dos povos da Amazônia. Estudou violão com Turíbio Santos, Oscar Cárceres, Jodacil Damaceno, João Pedro Borges e Paulo Bellinati. Tocou com Egberto Gismonti e Milton Nascimento. Em 1998 participou do disco "Sol de Oslo" com Gilberto Gil, Bugge Wesseltorft, Trikot Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti. KWORO KANGO Canto dos índios Caiapós no ritual da mandioca Adaptação e arranjos de: Marlui Miranda Bô medipê bô medipê nahi noaiê êtê Bô medipi bô medipi nahi noaiê Ê Te me tebe mã bo Ô ête pu mu me tebe mã bo Ô ête pu mu o ne me tebe medipi e mã bo o êtê pu mu Ô nê me tebe mã bo Ô ête pu mu me tebe mã bo Ô ête pu mu o ne me tebe medipi e mã bo o êtê pu mu Bokumuré bokumuré nahi noiaiê êtê Bokumuré bokumuré nahi noiaê Ê tê abo mã prõtõtü ti ne tê Õ mã prõtõtü ti ne te nabukoitíre ti ne tê Abo mã prõtõtü ti ne tê abo mã prõtõtü ti ne tê Abo mã prõtõtü ti ne tê nabukoitíre ti ne te Abo mã prõtõtü Botoré botoré Iabotoré iabotoré noiaê te Waiamunerére kuroro oti amuné Waiamunerére kuroro oti amuné Ino djô kuda kumô Ô ne Waiamunerére kuroro oti amuné Waiamunerére kuroro oti amuné Ino djô kuda kumô Ô ne Botoré botoré iabotoré A-bo-to Heyiiiiiiii!!



Uma viagem fantástica ao mundo dos sons primitivos das tribos que habitam a floresta amazônica. Nesse vídeo você fará uma imersão no grande planeta água, no maior bioma da terra, o grande patrimônio desconhecido e misterioso. 

Fruto de anos de pesquisas essa imersão foi iniciada na década de setenta pela grande pesquisadora cearense Marlui Miranda. Nesse colossal trabalho de pesquisa ela resgata a rica e diversificada musicalidade das diversas nações indígenas que vivem no interior da floresta amazônica. Ela nos leva a conhecer os cantos e os cosmos de algumas das mais de duzentas etnias que bravamente resistem aos cinco séculos de massacre físico e cultural.

Faixas:

1. Tchori Tchori - Povo Djeoromitxí/Jaboti – RO - 00:00

2. Pamé Daworo - Povo Djeoromitxí/Jaboti - RO (Part. Esp.: Gilberto Gil) 03:29

3. Tche Nane - Povo Djeoromitxí/Jaboti - RO [Part. Esp.: Gilberto Gil] 06:31

4. Ñaumu - Povo Yanomami - RR [Part. Esp.: Gilberto Gil] 08:16

5. Awina/Ijain Je E' - Povo Wari'/Pakaá Nova - RO 11:11

6. Araruna - Povo Parakanã - PA 13:12

7. Mena Barsáa (Baya Barsáa) - Povos Tukano - AM [Part. Esp.: Grupo Beijo] 16:24

8. Bep - Povo Kayapó - PA [Part. Esp.: Grupo Beijo] 18:46

9. Festa da Flauta - Povo Nambikwara - MT/RO 20:18

10. Yny Maj Hyrynh (A Você Eu Canto) - Povo Karitiana - RO 23:23

11. Hirigo - Povo Tupari - RO [Part. Esp.: Grupo Beijo] 27:01

12. Wine Merewá - Povo Suruí Paiter - RO [Part. Esp.: Grupo Beijo] 27:46

13. Mekô Merewá - Povo Suruí Paiter - RO [Part. Esp.: Grupo Beijo] 28:37

14. Ju Paraná - Povo Yudjá/Juruna - MT 30:25

15. Kworo Kango - Povo Kayapó - PA 33:33

16. Mito - Metumji Iarém - Povo Kisêdjê/Suyá - MT 36:46

17. Variações de Hai Nai Hai - Povo Nambikwara - MT/RO [Part. Esp.: Grupo Beijo] 41:03

Para maiores informações sobre essas e outras etnias, sugerimos a visita ao sítio digital do Instituto Socioambiental, onde pode ser encontrado vasto acervo enciclopédico sobre os povos indígenas que habitam o território brasileiro: 

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