terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Esgrima e sua História - Jogos Olímpicos 5 a 21 de Agosto, 2016 - Faltam 164 dias (Dia de hoje 23 de fevereiro de 2016).

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Foto: Shutterstock
Para os povos da Antiguidade, o manuseio da espada era fundamental, tendo em vista as constantes 
guerras 
e batalhas travadas. Mas as armas também tinham caráter lúdico. No Egito antigo, por exemplo, as 
disputas com objetos que mais pareciam lanças serviam de comemoração para vitórias nas guerras. 
Naturalmente, as espadas evoluíram ao longo dos anos, tornando-se mais leves e 
mais fáceis de manusear. 
A invenção da pólvora, no entanto, reduziu a utilização das lâminas em batalhas.
 Restou ao lado esportivo manter a tradição viva.
Os primeiros esgrimistas reconhecidos foram os franceses Daner, Lafaugére e Juan Luis. Eles estavam 
entre os mestres que participaram do encontro que começou a definir a técnica da esgrima. Assim, 
surgiram as regras que consideravam a maneira de tocar a espada no rival mais importante do que o
 local do golpe.
A Federação Internacional de Esgrima só foi criada em 1913. O primeiro Campeonato Mundial da 
modalidade aconteceu em 1921, em Paris. Mas a história da esgrima nos Jogos Olímpicos começou 
antes. 
Já em Atenas-1896 houve provas do esporte. Desde então, a esgrima nunca deixou de estar presente 
em uma edição das Olimpíadas.
Curiosidades
Canhoto por influência
Um dos maiores esgrimistas da história das Olimpíadas, o italiano Edoardo Mangiarotti conquistou 
seis medalhas de ouro, cinco de prata e duas de bronze entre os Jogos de Berlim-1936 e 
Roma-1960. Ele só fica atrás do húngaro Aladar Gerevich, outra lenda da modalidade, que conquistou 
sete ouros.
Edoardo conquistou as medalhas utilizando a mão esquerda. Virou canhoto por influência do 
pai e mestre de esgrima, Giuseppe Mangiarotti. Seguindo uma tradição familiar, Giuseppe ensinava 
a arte do esporte para cada um de seus filhos quando a criança completava oito anos. No caso do 
caçula Edoardo, o pai fez um esforço extra: ensinou o menino a empunhar a espada com a mão 
esquerda para surpreender os adversários nos duelos. O resultado foi quase imediato. Aos 11 anos, 
Edoardo já era campeão italiano júnior. A ousadia de Giuseppe foi coroada com as 13 medalhas 
olímpicas conquistadas por Edoardo.
Do ouro à política
O francês Jean François Lamour sofreu com a gozação dos colegas. Ele era o único esgrimista do 
time francês de 1980 que ainda não tinha subido ao pódio olímpico. Quatro anos mais tarde, ele 
chegou lá e foi campeão no sabre individual nos Jogos de Los Angeles-1984. Mas o boicote 
comunista àquela edição fez com que o título de Jean François fosse desdenhado na própria 
França, recebendo o apelido de “medalha de chocolate”.
Em Seul-1988, lá estava Jean François novamente. Desta vez a competição reuniu a elite 
mundial da esgrima. O francês chegou aos Jogos credenciado como campeão do mundo em 1987 
e confirmou o favoritismo, apagando de vez as brincadeiras em relação a seu talento. Depois de 
se aposentar da esgrima, Jean François Lamour resolveu atacar em outra área: a política. Nela, 
também teve sucesso, já que ocupou recentemente o cargo de ministro da Juventude e dos Esportes 
da França.
Acesse também
Confederação Brasileira de Esgrima
Site: www.brasilesgrima.com.br
E-mail: 
Federação Internacional de Esgrima (FIE): www.fie.ch

O manual de esgrima de Girard Thibault

Detalhe da obra “Academie de l’Espée de Girard Thibaultera”, de Girard Thibault.
Detalhe da obra “Academie de l’Espée de Girard Thibaultera”, de Girard Thibault.
  • Com a publicação desta notícia, a Biblioteca Nacional (BN) passa a divulgar regularmente itens de seu rico acervo que guardam alguma relação com os Jogos Olímpicos e suas modalidades.
  • Cerca de 300 anos antes do primeiro campeonato, Girard Thibault produziu um dos livros de esgrima mais luxuosos do mundo,  oAcademie de l’Espée de Girard Thibaultera,  um manual de uso do florete por regras matemáticas e outras teorias, dedicado à escola espanhola de esgrima.
  • Composto por mais de trezentas páginas e quarenta e seis ilustrações, em páginas duplas, produzidas por dezesseis artistas gravadores flamengos, o livro foi patrocinado pelo rei Luís XIII da França e outros nobres europeus do séc. XVII. A obra foi publicada em 1630, um ano após a morte de Thibault, e não em 1628, como indicado na folha de rosto, e chegou ao Brasil como parte do acervo da Real Biblioteca Portuguesa, trazido por D. João VI.
  • Academie de l’Espée de Girard Thibaultera faz parte do acervo do Acervo de Iconografia da Biblioteca Nacional e está disponível para consulta e download na BNDigital.
  • A esgrima é uma das modalidades dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A seguir, a reaprodução de um trecho sobre o esporte disponível do sítio oficial do evento: Para os povos da Antiguidade, o manuseio da espada era fundamental, tendo em vista as constantes guerras e batalhas travadas. Mas as armas também tinham caráter lúdico. No Egito antigo, por exemplo, as disputas com objetos que mais pareciam lanças serviam de comemoração para vitórias nas guerras. Naturalmente, as espadas evoluíram ao longo dos anos, tornando-se mais leves e mais fáceis de manusear. A invenção da pólvora, no entanto, reduziu a utilização das lâminas em batalhas. Restou ao lado esportivo manter a tradição viva.
  • Os primeiros esgrimistas reconhecidos foram os franceses Daner, Lafaugére e Juan Luis. Eles estavam entre os mestres que participaram do encontro que começou a definir a técnica da esgrima. Assim, surgiram as regras que consideravam a maneira de tocar a espada no rival mais importante do que o local do golpe.
  • A Federação Internacional de Esgrima só foi criada em 1913. O primeiro Campeonato Mundial da modalidade aconteceu em 1921, em Paris. Mas a história da esgrima nos Jogos Olímpicos começou antes. Já em Atenas-1896 houve provas do esporte. Desde então, a esgrima nunca deixou de estar presente em uma edição das Olimpíadas”.
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(Fonte: Comitê Olímpico Rio 2016)

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