quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bota Velha "O Velho Borzega"!!!!!!!!!!!!!!

Foto Arquivo Pessoal de Charles Netto

Escrito por Leandro Sicorra Wilemberg:  Published on 16 Maio 2012.
 Velha bota estropiada,
de enfrentar tanta refrega,
és símbolo d’arma montada,
irmã do “Velho Borzega”.
Cano longo, curto, ou de fole,
vaqueta, couro e de cromo,
não tivestes vida mole,
nas andanças do teu dono.
Nas linhas do teu traçado,
n’altura do teu talão,
tens o cano esbranquiçado,
pelo suor do “amigão”.
Pois na cor preta desbotada,
em contato com os baixeiros
pulsa o coração da montada,
na união com o cavaleiro.
Hoje, não tão firme nos cascos, 
recordo o passado onde mora,
tanta festança, o churrasco
que te brindei com uma espora.
E tu, faceira, elegante, 
prenda desfilando em salão,
tocaste comigo para frente,
em parada, manobra, instrução.
Lembro quando eras bem nova,
ao ressoarem as trombetas,
enquadravas a montada para prova,
até que viessem as rosetas.
E se hoje, velha, te amolo,
é que muita tacada te devo,
nas pexadas, nas correrias do pólo,
que nem de lembrar eu me atrevo.

Mas... o tempo passou e de repente,
as baias viraram garagem,
se foi o culote, o rebenque,
os cavalos viraram miragem.

Mecanizado... se foi o tempero,
os potreiros, a carriére, o tropel,
os relinchos, da forragem o cheiro,
virou um silêncio o quartel. 

Quando as tardes se vão, a largo,
sorvendo o meu chimarrão,
sinto, no relinchar do amargo,
a cincha da recordação. 

Esporeado na Ilharga,
velho matungo invernado,
recordo a última carga,
que não respeitou o alambrado.

Ouço então dentro de mim
como lançaço, um toque repicar,
é uma ordem, quem resiste a um clarim?
Mandando o esquadrão avançar!

Te calço, Bota Velha, não te faças de rogada
não te dispenso, p’reste galope imaginário,
vejas nesta carga, em disparada,
lá na frente, vai Osório, o legendário.
Poesia do Cel Inf Pedro Américo Leal declamada pelo autor pela primeira vez em 24 de agosto de 1991, na reunião da Confraria dos Camaradas de Cavalaria - 3C - POA/RS.( Que  gosta de recitar o poema de sua lavra O Velho Borzega, lembrança dos seus tempos de quartel).
Fonte: Era uma vez na Cavalaria - Geraldo Lauro Marques, Editora Alcance.
Conforme fonte no link a seguir: 
http://www.decavalaria.com/index.php/coisas-de-cavalaria/poemas-e-poesias/152-bota-velha
Com foto da autoria de Charles Netto Tirada na Tarde de 01 de Agosto de 2012 na Praça Brigadeiro Sampaio que fica Próxima da Usina do Gasômetro em Porto Alegre, RS/BR.
Também esta no meu Blog conforme este link :
http://umoficialcomespadapropria.blogspot.com.br/2012/08/bota-velha-o-velho-borzega.html 
Também em outros Links editados bem assim:
http://eusurpresoevoce.dihitt.com.br/noticia/bota-velha-o-velho-borzega
 http://viramundices.blogspot.com.br/2007/08/velho-borzega.html?zx=ac57f89675b3b902
 http://ritagomesfilha.blogspot.com.br/2011/08/o-brasil-inteiro-que-precisa-dele.html
 “Sigam-me os que forem brasileiros” 
É a célebre frase do Soldado Brasileiro,
Luís Alves de Lima e Silva, o "Duque de Caxias", na guerra do Paraguai.
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por sua participação: Como dizem na Cavalaria -Quando os Estribos Se Tocam Esta Feita a Camaradagem ;